Te dando conta, no último acorde do verão,
Que a razão não esteve necessariamente ao teu lado nas mais recentes decisões,
Tomas um rumo bem oposto do que te levaria pra casa.
Mas ainda se arma o tempo, ainda chove no teu caminho e te desarma a solidão,
Te martirizas, te amaldiçoas e desacreditas...
Tua fé te deixa e com pena de si, te deixas cair no acostamento da tua vida e tudo se apaga.
Até que um dia amanhece. Com pássaros, com boca seca e o sol batendo,
E juntas ânimo, juntas força, ergues o corpo, segues em frente, para o norte esse daí, que se apresenta,
Tua vida segue adiante e essas pernas que, hoje, são tuas, têm o passo que concebes,
Se enfim tem razão o teu traçado, ainda não sabes, é melhor não arriscar, pois amanhã,
Podes ter outra opinião e jogará, de novo, tudo para o alto.
Por hora, decidiste teu passo,
E se não deste par às tuas pegadas, tua casa é teu próprio sapato,
Pois nada te prende nesse chão, ruma pra onde for,
Afinal, um homem só também faz estação.
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