Volto,
Solto o corpo,
Vacilo, entregue.
Alguém move os dedos, puxando as cordas. Me fisga e me arranca o ar do peito.
Alterno entre um plano e outro, pulo na cama, do abismo ao colchão.
Solto o corpo,
Vacilo, entregue.
Alguém move os dedos, puxando as cordas. Me fisga e me arranca o ar do peito.
Alterno entre um plano e outro, pulo na cama, do abismo ao colchão.
Abro os olhos, vejo o teto,
pisco, fecho os olhos novamente, com força, os reabro.
Olho em volta, ainda sem ar... Ela
está ali, de pé, ao lado da cama, já vestida. Me enxerga todo e está a plenos
pulmões.
Não consigo decidir entre raciocinar sua beleza ou me rebelar sobre sua disposição para partir. Vou no óbvio: a beleza, partindo.
Tenho sono, e tenho raiva, ainda não sei de quem. Queria ter acordado antes, para evitar.
Ela faz isso: se mexe enquanto não percebo. Age, enquanto busco folego. Me beija sem dizer nada. Sai, enquanto procuro as palavras.
Não consigo decidir entre raciocinar sua beleza ou me rebelar sobre sua disposição para partir. Vou no óbvio: a beleza, partindo.
Tenho sono, e tenho raiva, ainda não sei de quem. Queria ter acordado antes, para evitar.
Ela faz isso: se mexe enquanto não percebo. Age, enquanto busco folego. Me beija sem dizer nada. Sai, enquanto procuro as palavras.
Fica a saudade, o vazio e a
raiva - de mim.
- Fica!
Fica tarde demais.
E ouço a porta,
Batendo...
Fica tarde demais.
E ouço a porta,
Batendo...
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