Quando sentiu a garoa em seu rosto, ela diminuiu o
passo,
Precisava disso: Ela queria o mundo em si...
Com as nuvens no rosto, se sentia livre,
E se pudesse, ainda tiraria os sapatos,
Pois queria voar com os pés no chão...
Pensou melhor e sorrindo, descobriu que podia sim, que
podia tudo!
Então parou e descalçou o pé direito e o esquerdo
em seguida,
E maior liberdade não havia...
Caminhava lentamente, de braços abertos e sentindo
a terra sob seus pés,
E dali em diante, mesmo confiante nos passos que
dava, tomou caminhos errados,
E ainda assim seu espírito era feliz.
Ela se sentia feliz por saber que mesmo tomando
caminhos mais longos e levando mais tempo pra supor o que havia entre o chão e
as nuvens, aquelas gotas da chuva em sua boca, tinham um gosto de vida!